26 de maio de 2020
O que é Vulnerabilidade Social?
Vulnerabilidade social é um conceito utilizado em diversas áreas de conhecimentos, a partir de perspectivas diferentes. Sobretudo, a definição adotada pela instituição é o conceito advindo da assistência social relacionada a infância e adolescência.
Em resumo, a vulnerabilidade é adjetivada pelo termo social, que indica a evolução do entendimento acerca das desigualdades ocasionadas pela pobreza. Mas, é importante olhar além das questões econômicas. Pois, se considerarmos que a vulnerabilidade é decorrente na maioria da população pobre, a questão econômica é relevante, mas não determinante. O que isto quer dizer?
Quer dizer que o escasso acesso a renda, dificulta as pessoas a obterem meios para superarem as vulnerabilidades vivenciadas. Estes meios podem ser materiais, ou através de capacidades imateriais, como a história, a cor da pele, o gênero, a autonomia, a liberdade, o autorrespeito. É nesse sentido que se torna possível associar a vulnerabilidade à precariedade no acesso à garantia de direitos e da cidadania. Que ocorre por meio de inseguranças, fragilidades, desigualdades e a falta de serviços para a manutenção da vida com qualidade (CARMO e GUIZARDI, 2018), como também equidade.
Ao tratar o conceito de vulnerabilidade social sob a perspectiva da assistência social relacionada a infância e adolescência, é necessário considerá-la como um processo que precisa contemplar o direito e a cidadania, e não somente como um indicativo.
Isto significa que neste processo é importante promover a habilidade destas crianças e adolescentes, a fim de gerar desenvolvimento pessoal e social, como membro participativo. A idéia é dar ênfase nas potencialidades das crianças, dos adolescentes, de suas famílias e comunidades, ao invés das carências. É tirar o foco da noção de risco, comumente atrelada a estas famílias. E sim, valorizar o desenvolvimento integral de seus filhos (BARKER, RIZZINI, 2002; JANCZURA, 2012). É importante atrelar a visão da criança e do adolescente como oportunidade, com as bases de apoios formais (escolas, creches), e informais como a nossa instituição, bem como, os recursos familiares e comunitários. Que contemplados juntos, são elementos fundamentais para o desenvolvimento saudável destas crianças e adolescentes (BARKER, RIZZINI, CASSANIGA, 2002; JANCZURA, 2012).
Discutir a definição do conceito é fundamental para ampliar o seu olhar sobre a vulnerabilidade social. Porque isto nos incentiva a pensar sobre a solidariedade, como também, na responsabilidade como indivíduo pertencente a uma sociedade que precisa ter mais equidade social. Assim, é possível formar uma sociedade mais justa, onde, apesar das diferenças, todos podem ter a oportunidade de ser semelhantes aos direitos e deveres. Essa perspectiva estimula as competências de todos os envolvidos, em se tratando de políticas e deveres. Além disso, fortalece as redes de apoios, assim como a nossa instituição que representa um papel extremamente importante para a região que atua.
Glossário:
Desigualdade: 1. Falta de igualdade. 2. Diferença. 3. Irregularidade. 4. Inconstância; variabilidade. 5. Aspereza 6. Desproporção. 7. Inferioridade.
Equidade:1. Igualdade. 2. .Retidão na maneira de agir. 3. Reconhecimento dos direitos de cada um. 4. Justiça .reta e natural.
Precário: 1. Inseguro, não estável. 2. Pobre; difícil; minguado; estreito. 3. Frágil; débil; delicado.
Cidadania: Qualidade de cidadão.
Responsabilidade: Obrigação de responder pelas .ações próprias, pelas dos outros ou pelas coisas confiadas.
In Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, 2008-2020, acesso em:
<https://dicionario.priberam.org/>
Referências bibliográfica citadas:
RIZZINI, I.; BARKER, G.; CASSANIGA, N. Criança não é risco, é oportunidade: fortalecendo as bases de apoio familiares e comunitárias para crianças e adolescentes. Rio de Janeiro: EDUSU, 2000.
BARKER, G.; RIZZINI, I. Repensando o desenvolvimento infantil e juvenil no contexto de pobreza urbana no Brasil. O Social em Questão, Rio de Janeiro, PUC-RJ, Departamento de Serviço Social, n. 7, p. 21, 2002.
CARMO, Michelly Eustáquia do; GUIZARDI, Francini Lube. O conceito de vulnerabilidade e seus sentidos para as políticas públicas de saúde e assistência social. Cadernos de Saúde Pública, v. 34, p. e00101417, 2018.Acesso em:
<https://www.scielo.br/pdf/csp/v34n3/1678-4464-csp-34-03-e00101417>.
JANCZURA, ROSANE. Risco ou vulnerabilidade social? Revista Textos & Contextos (Porto Alegre), v. 11, n. 2, p. 301 - 308, ago./dez. 2012. Acesso em:
<http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/fass/article/viewFile/12173/8639Risco%2520ou%2520vulnerabilidade%2520social>.
Referência bibliográfica não citada:
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome Secretaria Nacional de Assistência Social. Política Nacional de Assistência Social PNAS/ 2004. Brasília, 2005. Reimpresso 2013. Acesso em:<http://www.assistenciasocial.al.gov.br/acervo/protecao-social-especial-media-complexidade/creas-paefi/PNAS_2004.pdf>
MUSIAL, Denis Cezar; MARCOLINO-GALLI, Juliana Ferreira. Vulnerabilidade e risco: apontamentos teóricos e aplicabilidade na Política Nacional de Assistência Social. Acesso em:
<http://osocialemquestao.ser.puc-rio.br/media/OSQ_44_SL2%20(1).pdf>
Autora: Simone Reis Roque Gallette.
(Voluntária Pescadores de Vidas)
Em resumo, a vulnerabilidade é adjetivada pelo termo social, que indica a evolução do entendimento acerca das desigualdades ocasionadas pela pobreza. Mas, é importante olhar além das questões econômicas. Pois, se considerarmos que a vulnerabilidade é decorrente na maioria da população pobre, a questão econômica é relevante, mas não determinante. O que isto quer dizer?
Quer dizer que o escasso acesso a renda, dificulta as pessoas a obterem meios para superarem as vulnerabilidades vivenciadas. Estes meios podem ser materiais, ou através de capacidades imateriais, como a história, a cor da pele, o gênero, a autonomia, a liberdade, o autorrespeito. É nesse sentido que se torna possível associar a vulnerabilidade à precariedade no acesso à garantia de direitos e da cidadania. Que ocorre por meio de inseguranças, fragilidades, desigualdades e a falta de serviços para a manutenção da vida com qualidade (CARMO e GUIZARDI, 2018), como também equidade.
Ao tratar o conceito de vulnerabilidade social sob a perspectiva da assistência social relacionada a infância e adolescência, é necessário considerá-la como um processo que precisa contemplar o direito e a cidadania, e não somente como um indicativo.
Isto significa que neste processo é importante promover a habilidade destas crianças e adolescentes, a fim de gerar desenvolvimento pessoal e social, como membro participativo. A idéia é dar ênfase nas potencialidades das crianças, dos adolescentes, de suas famílias e comunidades, ao invés das carências. É tirar o foco da noção de risco, comumente atrelada a estas famílias. E sim, valorizar o desenvolvimento integral de seus filhos (BARKER, RIZZINI, 2002; JANCZURA, 2012). É importante atrelar a visão da criança e do adolescente como oportunidade, com as bases de apoios formais (escolas, creches), e informais como a nossa instituição, bem como, os recursos familiares e comunitários. Que contemplados juntos, são elementos fundamentais para o desenvolvimento saudável destas crianças e adolescentes (BARKER, RIZZINI, CASSANIGA, 2002; JANCZURA, 2012).
Discutir a definição do conceito é fundamental para ampliar o seu olhar sobre a vulnerabilidade social. Porque isto nos incentiva a pensar sobre a solidariedade, como também, na responsabilidade como indivíduo pertencente a uma sociedade que precisa ter mais equidade social. Assim, é possível formar uma sociedade mais justa, onde, apesar das diferenças, todos podem ter a oportunidade de ser semelhantes aos direitos e deveres. Essa perspectiva estimula as competências de todos os envolvidos, em se tratando de políticas e deveres. Além disso, fortalece as redes de apoios, assim como a nossa instituição que representa um papel extremamente importante para a região que atua.
Glossário:
Desigualdade: 1. Falta de igualdade. 2. Diferença. 3. Irregularidade. 4. Inconstância; variabilidade. 5. Aspereza 6. Desproporção. 7. Inferioridade.
Equidade:1. Igualdade. 2. .Retidão na maneira de agir. 3. Reconhecimento dos direitos de cada um. 4. Justiça .reta e natural.
Precário: 1. Inseguro, não estável. 2. Pobre; difícil; minguado; estreito. 3. Frágil; débil; delicado.
Cidadania: Qualidade de cidadão.
Responsabilidade: Obrigação de responder pelas .ações próprias, pelas dos outros ou pelas coisas confiadas.
In Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, 2008-2020, acesso em:
<https://dicionario.priberam.org/>
Referências bibliográfica citadas:
RIZZINI, I.; BARKER, G.; CASSANIGA, N. Criança não é risco, é oportunidade: fortalecendo as bases de apoio familiares e comunitárias para crianças e adolescentes. Rio de Janeiro: EDUSU, 2000.
BARKER, G.; RIZZINI, I. Repensando o desenvolvimento infantil e juvenil no contexto de pobreza urbana no Brasil. O Social em Questão, Rio de Janeiro, PUC-RJ, Departamento de Serviço Social, n. 7, p. 21, 2002.
CARMO, Michelly Eustáquia do; GUIZARDI, Francini Lube. O conceito de vulnerabilidade e seus sentidos para as políticas públicas de saúde e assistência social. Cadernos de Saúde Pública, v. 34, p. e00101417, 2018.Acesso em:
<https://www.scielo.br/pdf/csp/v34n3/1678-4464-csp-34-03-e00101417>.
JANCZURA, ROSANE. Risco ou vulnerabilidade social? Revista Textos & Contextos (Porto Alegre), v. 11, n. 2, p. 301 - 308, ago./dez. 2012. Acesso em:
<http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/fass/article/viewFile/12173/8639Risco%2520ou%2520vulnerabilidade%2520social>.
Referência bibliográfica não citada:
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome Secretaria Nacional de Assistência Social. Política Nacional de Assistência Social PNAS/ 2004. Brasília, 2005. Reimpresso 2013. Acesso em:<http://www.assistenciasocial.al.gov.br/acervo/protecao-social-especial-media-complexidade/creas-paefi/PNAS_2004.pdf>
MUSIAL, Denis Cezar; MARCOLINO-GALLI, Juliana Ferreira. Vulnerabilidade e risco: apontamentos teóricos e aplicabilidade na Política Nacional de Assistência Social. Acesso em:
<http://osocialemquestao.ser.puc-rio.br/media/OSQ_44_SL2%20(1).pdf>
Autora: Simone Reis Roque Gallette.
(Voluntária Pescadores de Vidas)